Baixada Fluminense
Baixada Fluminense se transforma em celeiro cultural com novos escritores
Em meio ao caos onde trabalha, policial militar descobre na literatura uma maneira de encontrar sua paz interior.A Baixada Fluminense está se transformando em um celeiro cultural. Na região, estão surgindo grandes escritores. Em Duque de Caxias, por exemplo, o policial militar Luis Fernando dos Santos se destaca no meio literário. O militar, morador do bairro Pilar, já publicou três livros, as obras ‘Eloá’, ‘Lilith’ e ‘Protegido’, e agora está terminando um romance que terá como cenário principal um complexo de favelas. Em meio ao caos da cidade do Rio de Janeiro, onde trabalha, o policial descobriu na literatura uma maneira de encontrar sua paz interior.
Segundo o autor, somente através da educação e dos livros, a realidade violenta do estado poderá ser mudada. “Eu sempre gostei muito de ler. Na infância eu recebi o incentivo de um tio sociólogo, com a promessa de que ler mudaria a minha vida. E realmente mudou. Eu viajava nas histórias que eu lia e isso aguçou o meu interesse pelos estudos. Daí, não demorou muito para eu começar a estudar pra concurso e, pouco tempo depois, me tornei policial. Eu passei a escrever por admirar as mentes que escreveram as histórias que eu lia. Eu sonhava com o dia em que as minhas histórias iriam inspirar outros jovens, assim como aconteceu comigo”, explicou o escritor.
Além de Caxias, Nilópolis também tem seus escritores. Na cidade, pelo menos quatro professores são escritores de livros infantis. Vicente Zarki, Ana Paula Monteiro, Lucy Silva e Denise Cruz integram o grupo de professores escritores da rede municipal de ensino. Todos eles participaram, em abril, da terceira ciranda literária na Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Este ano, o tema do evento foi “Da minha janela: contos, cantos e encantos”, uma homenagem ao autor Otávio Jr., que recebeu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil, em 2020.