Esportes
Ednaldo Rodrigues fala abertamente sobre Ancelotti pela primeira vez e admite espera até junho pelo treinador
Em entrevista ao canal Bein Sports, dirigente não fechou as portas para técnicos brasileiros, mas admitiu que italiano seja ‘plano A’
Se ora antes motivo de pressa, a CBF, através do presidente Ednaldo Rodrigues, já admite a possibilidade de esperar o tempo que for necessário para ter Carlo Ancelotti à frente do comando técnico da Seleção Brasileira. Até então, o prazo imaginado pela entidade era o dia 25 de maio, o que pode ser ampliado até meados de junho.
A nova possibilidade vem á tona diante da possibilidade da equipe merengue conseguir a classificação para a final da Liga dos Campeões, que será disputada no dia 10 de junho, em Istambul, na Turquia. Tal duelo, inclusive, seria o único restante para o time de Madrid, que já não possui grandes chances de conquistar La Liga.
Ednaldo Rodrigues, por sua vez, falou abertamente sobre o tema pela primeira vez, durante entrevista ao canal o canal Bein Sports. Com o início das eliminatórias somente em setembro e o aumento de vagas para a Copa de 2026 (seis mais a repescagem), o Brasil se dá o direito de não ter pressa na definição do substituto de Tite.
“Gostaria de chegar ao final de maio falando que está certo esse treinador ou aquele, mas não é assim. Temos duas datas Fifa em junho, mas temos finais de competições como o Campeonato Espanhol, dia 10 de junho a final da Champions. Temos acompanhado, o radar está ligado para não fazer qualquer abordagem em uma disputa de competição” – disse.
Por mais que Ancelotti tenha reproduzido, em Madrid, que deseja cumprir o contrato até 2024, interlocutores já trataram de conversas iniciais entre as partes, além de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, que precisa liberar a saída do italiano antes do fim do contrato.
“Eu procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser paciente e aguardar o tempo certo para fazermos uma conversa, uma reunião. E isso participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente. A partir do momento que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar preparados para o que pode ser um sim ou um não. A partir dali que vamos ter um plano B” – explicou Ednaldo.
Diante de uma tratativa complicada, a CBF tem recebido diversos pedidos por treinador brasileiros, caso não consiga sucesso na vinda de Ancelotti. O principal deles é Fernando Diniz, técnico do Fluminense, que pode vir a ser procurado no futuro, mesmo que ainda não seja tratado como uma segunda opção de forma depreciativa.
“Não estamos desmerecendo nenhum treinador do nosso país. Pelo contrário, temos treinadores da mesma competência” – disse Ednaldo.
O presidente da CBF também revelou sobre a escolha dos critérios que o levaram ao nome de Carlo Ancelotti, além de manter o posicionamento tão firme a respeito do profissional.
“A gente chega nele pelas conquistas, por ser uma pessoa digna. A gente verifica que é uma pessoa correta. A gente acompanha o trabalho dele não só como treinador, mas também atleta da seleção italiana. Por tudo que os atletas que trabalham ou trabalharam com ele dizem dele, de ser uma pessoa totalmente aberta, culta, que valoriza e gosta muito do atleta brasileiro, do futebol brasileiro. É um treinador que está totalmente ambientado com nossos atletas, e coloquei isso” – revelou.
A Seleção Brasileira está sem técnico desde o dia 9 de dezembro, quando fora eliminada da Copa do Mundo do Catar, para a Croácia, nos pênaltis. Tite, naquela ocasião, deixou claro que não seguiria no comando, assinando oficialmente a rescisão somente no dia 17 de junho.
No primeiro compromisso de 2023, durante o amistoso contra Marrocos, o Brasil foi comandado por Ramon Menezes, quando, naquela ocasião, a Seleção Brasileira acabou sendo derrotada por 2 a 1. Em junho, a tendência é que a CBF utilize novamente um treinador interino durante a data Fifa.