Justiça
PGR pede prisão de Sergio Moro após senador dizer que Gilmar Mendes vende habeas corpus
Denúncia tem como base um vídeo que viralizou nas redes sociais na última sexta-feira (14)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um pedido de prisão, nesta segunda-feira (17), contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O ex-juiz federal é acusado de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A acusação tem como base um vídeo, que viralizou nas redes sociais na última sexta-feira (14), em que o senador paranaense aparece falando em tom descontraído sobre “comprar” uma sentença do ministro. “Não, isso é fiança… instituto. Pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, diz Moro na filmagem, aparentemente respondendo uma pessoa.
Na denúncia apresentada nesta segunda, a vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, pede a condenação de Sergio Moro. Ela cita como agravantes o fato do suposto crime ter sido cometido contra funcionário público, na presença de testemunhas e contra pessoa com mais de 60 anos.
Caso a Justiça concorde com o Ministério Público, Moro pode ser preso após eventual processo. Por este motivo, a vice-procurada geral também solicita uma eventual perda do mandato caso a pena seja de detenção por prazo superior a quatro anos.
Após o pedido da PGR, Sergio Moro emitiu uma nota alegando que o material divulgado foi editado e tirado de contexto. “Os fragmentos do vídeo editado e divulgado por terceiros não revelam qualquer acusação contra o ministro Gilmar Mendes”, afirma o comunicado.
“O senador Sergio Moro sempre se pronunciou de forma respeitosa em relação ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros, mesmo quando provocado ou contrariado. Jamais agiu com intenção de ofender ninguém e repudia a denúncia apresentada de forma açodada pela PGR, sem base e sem sequer ouvir previamente o senador”, diz o texto da nota também.