Brasil
Bancárias terão programa de combate à violência contra as mulheres
Programa Nacional de Prevenção à Violência Contra as Mulheres foi lançado em São Paulo, na última segunda-feira (10), quando foram apresentados os planos de trabalhos das três ONGs contratadas pelos bancos
Após cobranças em negociações coletivas, os bancos do país assumiram nesta semana o compromisso de firmar parceria com organizações não governamentais para implementar programas de combate à violência contra as mulheres e à desigualdade de gênero.
O Programa Nacional de Prevenção à Violência Contra as Mulheres foi lançado em São Paulo, na última segunda-feira (10), quando foram apresentados os planos de trabalhos das três ONGs contratadas pelos bancos.
“O lançamento do Programa Nacional de Prevenção à Violência Contra as Mulheres é um marco para a concretização de uma conquista da categoria bancária”, afirmou Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.
O combate à violência de gênero já era previsto em uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2020, que inclui a criação de canais de denúncia, acolhimento, orientação e auxílio às vítimas. A cobrança pela implementação destes canais e sua divulgação ampla para toda a categoria bancária havia sido reforçada em uma mesa de negociação no mês de março.
“O combate à violência contra as mulheres é uma pauta mais do que urgente e a nossa expectativa é de que, a partir deste lançamento, os bancos, um dos setores mais lucrativos do país, estejam de fato compromissados com esta luta”, defendeu Ivone Silva.
Em dezembro de 2019, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região criou o Projeto Basta! Não irão nos calar! para oferecer atendimento jurídico gratuito para mulheres, bancárias ou não, vítimas de violência.
A iniciativa se espalhou por outros sindicatos da categoria em todo o país, e atendeu 360 mulheres em situação de violência doméstica e/ou familiar.