Ciência e Saúde
Nutricionista dá dicas de consumo de chocolates na páscoa
“É bom lembrar que quanto menor a quantidade de cacau, maior o teor de açúcar”, explica a especialista do Centro Municipal de Saúde Hélio Pellegrino, na Tijuca, Mariana Jordão
Para a alegria da criançada e de muitos adultos, o domingo mais doce do ano está chegando com a Páscoa, que é comemorada neste domingo (9). Diante de tantas opções de ovos de chocolate, até para quem segue firme na dieta fica difícil resistir à tentação. Mas calma, com chocolates mais saudáveis e moderação na hora do consumo, é possível saborear a iguaria sem culpa. E para quem abusar, também há dicas de como correr atrás do prejuízo no dia seguinte.
Nutricionista do Centro Municipal de Saúde Hélio Pellegrino, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, Mariana Jordão diz que as pessoas podem comer, sem problemas, até cerca de 30 gramas de chocolate por dia, o que corresponde, aproximadamente, a um quadrado de um tablete. Porém, sabemos que, no domingo de Páscoa, essa quantidade pode aumentar, então o ideal é optar pelo chocolate com uma maior porcentagem de cacau.
“É bom lembrar que quanto menor a quantidade de cacau, maior o teor de açúcar. Desta maneira, a opção do chocolate amargo, a partir de 70% de cacau em sua formulação, é uma opção mais saudável para essa data festiva. O chocolate ao leite contém menor quantidade de cacau e mais açúcar, não sendo a melhor pedida para o consumo frequente”, explica Mariana.
Para não cair no “conto do vigário”, antes da compra, é indispensável conferir os rótulos dos produtos e a data de validade. Nos ovos de Páscoa, o ideal é que o primeiro ingrediente seja o cacau, indicando uma maior quantidade deste componente e, consequentemente, uma melhor qualidade nutricional.
Rico em flavonoides, o chocolate tem efeito anti-inflamatório e antioxidante, que promove a proteção das células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. O consumo moderado do produto também ajuda na redução da pressão arterial e aumento do fluxo vascular.
Sobre as versões de ovos “diet”, “light”, “zero”, a nutricionista alerta que estes também devem ser consumidos com moderação.
“O chocolate diet geralmente é feito com adoçantes, em vez de açúcar. No entanto, pode conter uma quantidade maior de gordura do que o chocolate comum, para manter a textura e o sabor. Já o light é produzido com menos gordura e, consequentemente, tem menos calorias. Entretanto, a quantidade de açúcar pode ser a mesma ou até maior do que a do chocolate comum. A versão zero é geralmente feita com adoçantes e com menos gordura, o que não significa que deva ser consumido sem equilíbrio”, ressalta.
Para os intolerante à lactose — pessoas com distúrbio digestivo associado à baixa ou nenhuma produção de lactase pelo intestino delgado — além do ovo sem lactose, uma boa opção é o chocolate amargo sem a adição de leite em sua composição. Há ainda as opções de chocolates veganos ou feitos com ingredientes alternativos, como leites vegetais.
E na segunda-feira, pós-Páscoa, a nutricionista dá algumas dicas para quem se acabou no chocolate: aumentar a ingestão de água para diminuir a sensação de inchaço e hidratar do corpo; reduzir o consumo de sal para ajudar a amenizar a retenção de líquidos; consumir alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes e verduras; e retorno à atividade física regular.