Patrulhando a Cidade
Onze PMs viram réus pela morte da traficante Hello Kitty
Os policiais foram denunciados por homicídio com agravante pelo Ministério Público do RioOnze policiais militares — entre oficiais e praças — viraram réus pela morte de Rayane Nazareth Cardozo da Silveira, a Hello Kitty, de 21 anos, e de outros três homens durante uma operação policial Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em julho de 2021.
Hello Kitty era braço direito do pai, Alessandro Luiz Viera Moura, o Vinte Anos, apontado pela polícia como chefe do tráfico do Salgueiro. Vinte Anos também morreu na operação.
Os policiais foram denunciados por homicídio com agravante pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), no último dia 13 de fevereiro.
De acordo com o MP, a ação da morte de Rayane “foi fraudulenta”. Segundo a promotoria, os PMs forjaram um falso sequestro de uma família para fazer a operação na comunidade e matar a traficante.
No dia da operação também morreram: Alessandro Luiz Vieira Moura, de 40, o Vinte Anos; Mikhael Wander Miranda Marins, de 30, e Victor Silva de Paula Faustino, de 21.
O MP destacou na denúncia que o grupo sabia onde estava Hello Kitty e o carro que ela usaria no dia em que foi atacada ao lado do seu bando. Além disso, o MP lembra que os policiais teriam forjado um sequestro de uma família para infringir a ADPF das Favelas que restringe a realização de operações no estado do Rio, exceto em hipóteses de emergência e excepcionalidade.
Os réus são:
- Gilmar Tramontini da Silva (tenente-coronel);
- Thiago Holanda Burgos (1º tenente);
- Gilsemberg Bittencourt Pessoa (3º sargento);
- Tiago Ribeiro Brito (cabo);
- Richard Ramos da Costa (cabo);
- André Luiz Monteiro (cabo);
- Anderson França (cabo);
- Leandro Bastos da Rocha (cabo);
- Anderson Oliveira Neto (cabo);
- Alexandre Xavier da Silva (cabo) e
- Gabriel Cosme Mota de Oliveira (cabo).