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Política

Projetos de lei da Alerj pedem substituição dos nomes de escolas batizadas com nome do pai de Bolsonaro e ditadores

“Em tempos de reafirmação da democracia, faz bem a Alerj em retirar o nome de um ditador de uma escola e colocar em seu lugar o nome de um intelectual negro”, dispara a deputada transsexual da Alerj, Dani Balbi (PC do B)

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Deputada transsexual da Alerj, Dani Balbi (PC do B) (Foto: Reprodução/ Alerj)
Deputada transsexual da Alerj, Dani Balbi (PC do B)

Três projetos de lei estão dando o que falar na primeira semana legislativa da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Isso porque a primeira deputada transsexual da Alerj, Dani Balbi (PC do B), deu entrada essa semana em três projetos de lei que pedem a troca dos nomes três instituições de ensino, hoje batizadas com os nomes de ditadores e do pai do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na troca, Balbi sugere a homenagem a intelectuais do movimento negro e à policial militar Alda Rafael Castilho. Mulher negra, brutalmente assassinada em 2014, no exercício de sua função.

O PL 92/2023, pede a substituição do nome do III Colégio da Polícia Militar Percy Geraldo Bolsonaro para III Colégio da Polícia Militar Alda Rafael Castilho. Na justificativa, Balbi explica que a instituição de ensino, localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é muito importante para o Rio de Janeiro. Mas Percy, pai de Bolsonaro, que dá nome à escola, é um cidadão completamente desconhecido. Assim, para a memória da instituição, faria mais sentido a homenagem a Alda – uma policial militar assassinada em 2014, enquanto cumpria seu trabalho. “Alda representa todos os bravos policiais militares do estado que dedicam cotidianamente suas vidas pela segurança da população fluminense”, diz a parlamentar, na justificativa.

Outra mudança diz respeito à Escola Estadual de Ensino Supletivo Presidente Arthur da Costa e Silva. Balbi quer que, na alteração, a unidade passe a se chamar Escola Estadual de Ensino Supletivo Clóvis Moura. Ao contrário do ditador Costa e Silva, Moura foi “uma das principais referências intelectuais para o movimento negro brasileiro.

A terceira unidade de ensino que Dani Balbi pleiteia a substituição de nome é o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, localizado em Mesquita, na Baixada Fluminense. Pelo PL 94 / 2023, a unidade passaria a se chamar Alberto Guerreiro Ramos. Ramos foi um sociólogo e político brasileiro negro, ex-diretor do departamento de Sociologia do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), defensor da reforma agrária, da reforma eleitoral (voto para analfabetos, soldados e elegibilidade de todos os eleitores).

“Em tempos de reafirmação da democracia, faz bem a Alerj em retirar o nome de um ditador de uma escola e colocar em seu lugar o nome de um intelectual negro”, explicou Dani Balbi.

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