Rio
Presidente do Sindicato dos Comerciários participa de reunião com ministro do Trabalho
Ayer, que também é diretor da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros, a CTB, também representou a entidade no encontro que aconteceu em São PauloO presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Márcio Ayer, participou nesta segunda-feira (30), da reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho e diversas centrais sindicais. Ayer, que também é diretor da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros, a CTB, também representou a entidade no encontro que aconteceu em São Paulo.
Os sindicalistas propuseram a convocação de representante das Lojas Americanas no Ministério do Trabalho pra esclarecimento de que estratégias a empresa está adotando pra preservação dos 44 mil empregos ligados à marca em todo o Brasil. O Grupo Americanas encontra-se em recuperação judicial, depois de revelar um rombo de mais de R$ 43 bilhões em sua contabilidade.
“É fundamental que as Americanas expliquem logo que medidas estão tomando pra evitar quaisquer tipos de prejuízos aos trabalhadores. Estamos lutando por isso de todas as formas. Já recebemos muitas mensagens de adesão ao ato que vamos realizar na sexta-feira, no Rio de Janeiro, sede do grupo, em favor dos comerciários do Grupo Americanas”, disse Márcio Ayer.
O ato será realizado na próxima sexta-feira, dia (3), a partir das 10h, na Rua do Passeio, nº42, Cinelândia, no Rio de Janeiro. A manifestação é apoiada pelas centrais sindicais e órgãos de representatividade dos comerciários de todo o País.
Participarão da manifestação as seguintes entidades: Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), CTB, Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
A apreensão das entidades sindicais é motivada pelo pedido de recuperação judicial da empresa, depois da revelação de um rombo de mais de R$ 43 bilhões em dívidas. Os sindicalistas já ajuizaram Ação Civil Pública, na 8ª Vara do Trabalho de Brasília, em defesa dos empresados do Grupo Americanas. A ação pede que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, possa ser executado para o pagamento de dívidas trabalhistas. Isso, independentemente do processamento da recuperação judicial. Já existem quase 17 mil ações trabalhistas em curso contra empresas do Grupo Americanas, representando um valor total de R$ 1,53 bilhão.
A ação solicita que se desconsidere a personalidade jurídica da Americanas e responsabilize os acionistas de referência pela fraude contábil que se desenrolou durante anos na empresa e que inflou artificialmente não só o lucro, mas os dividendos distribuídos aos acionistas. Importante lembrar que são os três bilionários os maiores beneficiários da fraude. Além disso, a ação pleiteia o bloqueio do valor de R$ 1,53 bilhão na conta pessoal dos sócios majoritários, para garantir que os trabalhadores que lutam na Justiça por seus direitos possam receber sem demora seus créditos.