Rio
Pesquisa da Fecomércio RJ mostra que otimismo de empresários apresenta melhora, neste início de ano, em relação aos próximos três meses
Situação dos últimos três meses também apresentou aumento
Sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), feita entre os dias 02 e 09 de janeiro, com 258 empresários do comércio de bens, serviços e turismo, mostra que o resultado da expectativa futura dos seus negócios melhorou em relação a dezembro. Em janeiro, o percentual de empresários que esperavam que seus negócios melhorassem ou melhorassem muito nos próximos três meses aumentou de 66,1% (dezembro) para 68,2%. Os que esperam que a situação piore ou piore muito praticamente se estabilizou: 21,1% (dezembro) e 21,7% (janeiro). Os que têm expectativa de estabilidade apresentou queda de 12,8% para 10,1%.
A situação presente voltou a subir. Em relação dos últimos três meses, 29,9% dos entrevistados disseram que os negócios melhoraram ou melhoraram muito, contra 26,9% do mês anterior.
No setor de serviços, dos 487 empresários ouvidos neste início de ano, a situação dos negócios nos últimos três meses apresentou queda em relação à pesquisa anterior. 34,7% dos consultados disseram que a situação melhorou ou melhorou muito em janeiro, enquanto em dezembro, eram 37%. Para os próximos três meses, 67,6% esperam que a situação melhore ou melhore muito. No levantamento anterior, eram 70%.
Empregos
Em relação ao quadro de funcionários, 21,3% dos empresários do comércio disseram que esperam aumentar ou aumentar muito nos próximos três meses, enquanto 22,3% esperavam o mesmo na pesquisa de dezembro. Nos últimos três meses, 10% afirmaram que a situação melhorou ou melhorou muito. Na pesquisa anterior, eram 10,4%.
Já 9,1% dos empresários do setor de serviços afirmaram que o quadro de funcionários nos últimos três meses aumentou ou aumentou muito. Índice (8,9%) um pouco acima do levantamento anterior. Para os próximos três meses, 24% dos entrevistados disseram que o número de empregados deve aumentar ou aumentar muito. Na sondagem de dezembro, esse índice era de 25,6%.
Inadimplência
O índice de empresários do comércio adimplentes nos últimos três meses ficou em 56,2%. Na pesquisa anterior, 52,9% não ficaram inadimplentes. O número de inadimplentes ou muito inadimplentes caiu de 25,2% em dezembro para 23,2% em janeiro. 20,5% disseram ter ficado pouco inadimplentes, contra 21,9% da sondagem anterior.
A inadimplência com bancos comerciais (38%) é o principal motivo relatado pelos empresários do comércio. Fornecedores (33%), tributos federais (31%), tributos municipais (27%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (25%) e aluguel (21%) são alguns outros motivos para a inadimplência.
No setor de serviços, a quantidade de empresas que não ficaram inadimplentes nos últimos três meses aumentou em relação à pesquisa feita em dezembro. Em janeiro, esse número foi de 59,3%, contra 58,8% no mês passado. As inadimplentes ou muito inadimplentes ficaram em 21,6%, apresentando queda em relação ao levantamento de dezembro (23,1%). 19,1% ficaram pouco inadimplentes, segundo a nova sondagem, enquanto em dezembro o índice foi de 18%.
Das empresas que tiveram dívidas nos últimos três meses, os cinco principais gastos estão associados a bancos comerciais (30,6%), tributos federais (28,3%), fornecedores (25,6%), aluguel (24,4%) e tributos municipais (19,4%).
Demanda por serviços/bens
Para 54,3% dos empresários do comércio, a demanda pelos serviços/bens para os próximos três meses aumentará ou aumentará muito. Na pesquisa anterior, esse índice estava em 58,3%. O número dos que acham que a demanda se estabilizará apresentou elevação: 23,6% em janeiro contra 19,8% em dezembro. Já 22,1% declararam que esperam que diminuirá ou diminuirá muito, índice acima ao do mês passado (21,9%).
A demanda insuficiente é o principal fator que limita os negócios, segundo 46,6% dos empresários do comércio consultados, seguido de 37,1% que disseram ser as restrições financeiras e 12,9% a falta de mão de obra.
Para os empresários do setor de serviços, 19,3% disseram que a demanda diminuirá ou diminuirá muito pelos bens/serviços de suas empresas nos próximos três meses. Em dezembro, 15,7% tinham essa impressão. 58,4% afirmaram que aumentará ou aumentará muito, contra 61,3% do mês passado.
Sobre o limitador dos negócios no setor de serviços, 44,5% dos entrevistados disseram que a demanda insuficiente é o principal fator, seguida de restrições financeiras, com 34,5%, falta de mão de obra, com 12,2%, e falta de espaço e/ou equipamentos, com 7,2%. 16,5% apontaram mais de um motivo que limitam seus negócios.