Brasil
Telemedicina aproxima médicos e pacientes
Médico Dárcio Pinheiro explica que atendimento online é tão efetivo quanto o presencial, e ajuda monitorar quem necessita de mais atenção
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1998/2000, que autoriza a prática da telessaúde. Agora, a lei depende da sanção presidencial para que o atendimento virtual feito por profissionais da saúde seja regulamentado em todo território nacional. As tecnologias citadas no PL são: transmissão segura de dados e informações de saúde por sons, imagens, texto ou outras modalidades que permitam que o médico faça o atendimento virtual.
O médico nutrólogo Dr. Dárcio Pinheiro, comenta que a oportunidade de mostrar a efetividade desse atendimento surgiu em meio à pandemia de Covid-19. No período de maior disseminação do vírus, as consultas aconteciam à distância. Para o Dr. Dárcio, é uma forma de derrubar as barreiras geográficas, e possibilitar que o paciente escolha o médico que irá o atender, independentemente de sua localização.
“A tecnologia nos mostrou a possibilidade e vantagens de atender um paciente virtualmente. Muitas pessoas não podem ir às consultas seja pela distância, ou pela falta de tempo. Esse atendimento remoto abriu portas para que elas pudessem falar com seus médicos de casa, do trabalho, ou do lugar que estiverem no momento”, comentou.
“Às vezes é colocada em dúvida a qualidade do atendimento online, porém, é possível examinar o paciente de forma geral, através da câmera. Se acharmos que é necessário ir ao consultório, aí sim, vamos aconselhar. Mas, inicialmente, a consulta virtual supre as necessidades tanto do profissional de saúde, quanto de quem está doente”, completou.
O médico pontua ainda que essa nova forma de praticar a medicina ajuda não apenas aos pacientes, mas toda a equipe hospitalar. O Dr. Dárcio cita que, em algumas ocasiões, outros médicos podem ser acionados remotamente para participar de situações ou reuniões em que a opinião deles é necessária. Além disso, fica mais fácil monitorar pessoas em recuperação e, até mesmo, com doenças crônicas.
“A telemedicina, hoje, nos ajuda a estar mais presente na vida de quem necessita de mais atendimento. Por exemplo, nós podemos agir de forma mais rápida quando há uma emergência, porque remotamente estamos atentos ao paciente em todo tempo. Acaba sendo uma via de mão dupla, benéfica para nós, e para quem cuidamos”, disse.
“Agora, com a lei que amplia esse atendimento para telessaúde, mais áreas, como a enfermagem, poderão atuar remotamente. Isso está em sintonia com o nosso propósito, que é cuidar dos enfermos e garantir que eles tenham atendimento hábil, eficiente e de qualquer lugar”, concluiu.