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Capital Fluminense

Instituto LAR é eleito uma das melhores ONGs do Brasil

Instituição carioca impactou mais de 104 mil pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social durante a pandemia

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Instituto LAR é eleito uma das melhores ONGs do Brasil
Instituto LAR é eleito uma das melhores ONGs do Brasil (Foto: Divulgação)

O Instituto LAR, organização não governamental que atua no Rio de Janeiro na reinserção e emancipação das pessoas em situação de rua na sociedade, conquistou o Prêmio Melhores ONGs, realizado pelo Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil, na categoria ONGs de Pequeno Porte, entre mais de 800 mil que atuam no país.

A premiação, que acontece desde 2017, reconhece o trabalho fundamental prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil e também funciona como um farol para orientar doações. Além disso, incentiva boas práticas, contribuindo também para a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas, que também recebem um feedback detalhado da avaliação.

Por meio da garantia aos direitos constitucionais e ao mercado de trabalho, o LAR (sigla de “Levante, Ande, Recomece”) oferece, desde 2016, acesso digno com atendimentos individuais e em grupo nas áreas de psicologia, serviço social, assistência jurídica, empregabilidade, arteterapia, atividades de prevenção ao uso de álcool e drogas, encaminhamentos para tratamento odontológico/oftalmológico com profissionais parceiros, promoção de palestras, rodas de conversa e atividades socioculturais, além do projeto de retorno à moradia. Em 2021, o instituto foi agraciado com o Título de Utilidade Pública Municipal, concedido em solenidade organizada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Instituto LAR é eleito uma das melhores ONGs do Brasil
Instituto LAR é eleito uma das melhores ONGs do Brasil (Foto: Divulgação)

“A metodologia adotada tem o objetivo de direcioná-las à plena emancipação, desenvolvimento de cidadãos conscientes de suas capacidades para construirmos juntos uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável”, explica Ana Paula Rios, presidente do LAR, que já atua desde 2017 com projetos sociais.

Em 2020, ela ficou conhecida internacionalmente ao criar a “Pia do Bem”, projeto que envolveu a construção e instalação de pias por vários pontos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro para a higiene e prevenção da população em situação de rua durante o avanço da pandemia do novo coronavírus. A iniciativa chamou a atenção do jogador Marcelo, do Real Madrid, que decidiu patrocinar a sua ampliação.

Pandemia agravou situação já delicada

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), a pandemia do novo coronavírus gerou um aumento da população em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro. O número de adultos acolhidos em abrigos administrados pela SMAS cresceu 11% em 2021. De acordo com a Defensoria Pública da cidade do Rio de Janeiro, cerca de 15 mil pessoas moram nas ruas da capital fluminense.

Desde o início da pandemia, o LAR impactou mais de 104 mil pessoas, distribuiu 124 mil toneladas de alimentos, 4,5 mil cestas básicas, 6,6 mil cafés da manhã, 74 mil quentinhas, 4,4 mil máscaras e proporcionou mais de 2,6 mil banhos e assistência de higiene básica. A partir da retomada de atividades suspensas pelas medidas restritivas, em 2021, foram mais de 400 atendimentos sociais e jurídicos, com advogados, assistentes sociais, psicólogos, escuta e acolhimento, mais de 3,7 mil currículos enviados, e mais de 120 atividades realizadas, de oficinas de arteterapia, música e cinema a passeios culturais, visitas a exposições, almoços em restaurantes, teatro, entre outras. Neste período, vem ganhando o apoio de famosos, como a ex-BBB e cantora Juliette e o ator Kayky Brito.

Mais de 50 bairros das Zonas Norte, Oeste, Sul e Central da cidade, além da Baixada Fluminense, receberam cestas de alimentos. Das famílias atendidas, 69,1% não recebem nenhum outro tipo de ajuda, sendo a cesta fornecida pelo LAR o único alimento garantido do mês. Todas as famílias atendidas possuem crianças, adolescentes ou bebês em casa, a maioria é chefiada por mulheres e 39,8% tem acima de 46 anos.

“Durante a pandemia, a situação da fome fez com que o foco do nosso trabalho passasse a ser a entrega de refeições, atendimento de situações especiais (acompanhamento de processos judiciais e de saúde), contribuição com cestas básicas para famílias cadastradas em ocupações/comunidades e, mais recentemente, o retorno do banho aos sábados. Temos também uma oficina-escola de estamparia que oferece formação profissional e emprego”, conta Ana Paula.

Como ajudar

O Instituto LAR fica na Rua do Senado, 200, e mantém seu funcionamento a partir da arrecadação de recursos por meio de campanhas e doações vindas de pessoas físicas e empresas. Para mais informações sobre a iniciativa e como ajudar com alimentos, roupas, agasalhos, cobertores e demais doações, apoio ou trabalho voluntário, acesse www.institutolar.org.br

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