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Expodinos: Maior dinossauro do mundo chega ao Rio
Depois do enorme sucesso de público e crítica em São Paulo, a exposição chega ao BarraShopping no Rio de Janeiro em 21 de janeiro, com ingressos populares à venda em expodinos.com.br
Direto da Patagônia, a exposição científica traz o maior dinossauro que existiu na Terra, o titanossauro Patagotitan, e uma coleção paleontológica impressionante, com dezenas de esqueletos de dinossauros e fósseis originais dos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Além do maior de todos, a EXPODINOS também inclui a réplica do esqueleto em tamanho natural do dinossauro mais antigo do mundo, o “brasileiro” Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos.
O Rio de Janeiro finalmente recebe a exposição completa da Patagônia após a temporada no Parque do Ibirapuera em São Paulo, onde foi visitada por mais de 100.000 pessoas e teve que ser prorrogada devido ao enorme sucesso. A EXPODINOS será montada em uma área de 3.000 metros quadrados no estacionamento do BarraShopping, a partir de 21 de janeiro de 2023.
Exposição com maior dinossauro do mundo é melhor do que videogame… É muito difícil não ficar com as pernas bambas diante das dimensões do gigante montado”
O público carioca vai finalmente poder vivenciar uma experiência única, com ingressos a preços populares e sistema “leitura fácil” que torna a informação acessível a todos.
A exposição EXPODINOS – O Maior Dinossauro do Mundo desvenda um mundo fascinante, apresentando 16 réplicas de esqueletos de dinossauros completos e fósseis originais, incluindo o maior de todos, o titanossauro Patagotitan, e o gigante carnívoro Tyrannotitan. Também está exposto o crânio do Giganotossauro, um dinossauro que se tornou popular depois de derrotar o T. rex no último filme da franquia “Jurassic Park”. Os visitantes podem descobrir ainda formas maravilhosas descobertas nas rochas da Patagônia.
Só para o esqueleto do Titanossauro a produção da exposição tem que criar um espaço especial capaz de abrigar o maior animal que já habitou nosso planeta. Estudos sugerem que o dinossauro tinha 40 metros de comprimento e 72 toneladas (como três caminhões cegonha enfileirados, e o peso equivalente a 18 elefantes).
“A experiência de assistir a filmes de ficção científica ou documentários, por mais bem produzidos que sejam, simplesmente não se compara a chegar perto – e se postar embaixo – da reconstrução de um animal cujo fêmur tem, por si só, a altura de uma pessoa.”
A exposição apresenta também uma réplica do esqueleto em tamanho natural do dinossauro mais antigo do mundo, o “brasileiro” Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos, um pequeno bípede com um cérebro potente, dentes pontiagudos e um corpo esguio e ágil que o faziam um predador bastante eficiente, encontrado na formação Santa Maria no Rio Grande do Sul. O Buriolestes schultzi é o mais primitivo da linhagem dos sauropodomorfos, ancestral dos grandes dinossauros de longos pescoços, como o próprio Patagotitan, e está registrado no Guinness World Records como os animais mais antigos do mundo, achados no sítio arqueológico de Santa Maria que possui cristais de zircão datados de até 233,2 milhões de anos atrás, período correspondente ao final do período Triássico.
“Praça DINOS” terá café, loja, realidade aumentada e espaço especial para as crianças brincarem de paleontólogo!
Além do pavilhão da exposição com as réplicas, haverá também uma enorme “Praça DINOS”, com café, loja, diversas ativações para adultos e crianças se divertirem, como um aplicativo de tecnologia de realidade aumentada que permite interação com os dinossauros como se estivessem vivos, tirar selfies e fotos, além de um espaço para descanso ao lado da maior exposição de dinossauros já montada no Brasil.
As crianças ainda podem se divertir e vivenciar a experiência de como um paleontólogo realiza uma escavação e descobre fósseis, em um tanque de areia com réplicas de esqueletos de dinossauros.
Com um investimento de mais de um milhão de dólares em digitalização, impressão 3D e as mais recentes tecnologias em modelagem, essa fantástica criatura gigante está sendo apresentada ao público. “EXPODINOS – O Maior Dinossauros do Mundo” é realizada pelo MEF (Museu Paleontógico Egidio Feruglio) em Chubut, Argentina (www.mef.org.ar), em colaboração com a Atual Produções, apresentada pelo Ministério do Turismo e BB Seguros, com patrocínio da MAPFRE e BarraShopping Multiplan, e apoio do Wiz.
A Exposição
“EXPODINOS – O MAIOR DINOSSAURO DO MUNDO” é uma exposição dividida em módulos agrupados em três tópicos básicos, centrados nas três grandes linhagens de dinossauros. Através delas, o público pode conhecer os maiores e também alguns dos menores dinossauros encontrados. Mais do que apenas um passeio, a mostra é também uma aula. Através de vídeos e estações modernas e interativas, os visitantes são apresentados aos principais conceitos de geologia, o tempo geológico, a geografia, o método científico e o deslocamento dos continentes.
Os três tópicos da exposição focam em grupos distintos de dinossauros: no primeiro, os Carnívoros da Patagônia, animais como o Eoraptor, a espécie mais antiga e primitiva do grupo, os abelissaurídeos de braços curtos e os carcharodontosaurídeos gigantes.
O segundo tópico abriga os Gigantes da Patagônia, que conta a história do gigantismo extremo, um dos eventos mais fantásticos da evolução dos dinossauros. Nesta parte da exposição o público conhece histórias como o alongamento do pescoço dos animais, a mudança na forma dos dentes e as adaptações de alguns indivíduos à herbivoria. Aqui o público pode conhecer também desde os primeiros exemplares de dinossauros a atingirem massas corporais acima de 10 toneladas até os maiores animais já registrados no planeta. E também alguns dos mais estranhos como o Amargasaurus, um herbívoro que viveu no período Cretáceo, com espinhos longos e finos dispostos ao longo de toda a sua espinha dorsal.
O terceiro tópico é focado nos menores dinossauros conhecidos: o Manidens, um ornitísquio (dinossauro herbívoro com focinho em forma de bico e estrutura que se assemelha à das aves), do período Jurássico, e o Gasparinisaura, um ornitísquio do período Cretáceo. No hemisfério sul, os dinossauros ornitísquios eram menos comuns e são representados na Patagônia por pequenas espécies herbívoras. Essa parte da exposição revela que nem todas as espécies eram gigantes e que os dinossauros eram tão diversos que ocupavam uma enorme variedade de nichos ecológicos.
A descoberta do Patagotitan
É incrível saber que, na mesma região em que estamos hoje, muitos milhões de anos atrás, existiram animais extraordinários. Este fato sempre instigou a humanidade a entender como esses seres viviam e como era o mundo a sua volta. Por isso, os dinossauros estão presentes em nossa cultura, em nossos livros e museus, e encantam o público nos cinemas, em filmes que acumulam recordes de bilheterias.
Estudos científicos movimentam uma rede de aficionados em todo mundo e, a cada nova descoberta, essa história foi sendo reconstruída. Na América do Sul, a Argentina tornou-se um dos principais polos de exploração e preservação desse patrimônio pré-histórico. Devido à localização, tipo de rochas e clima, os fósseis encontrados na Patagônia se destacam pelo grande nível de preservação e acessibilidade.
E em 2013, exatamente nesta região gelada e árida no extremo sul do continente, procurando por uma ovelha perdida, um pastor avistou a ponta de um osso gigante saindo de uma rocha. Iniciava-se nesse momento um imenso trabalho que mobilizou paleontólogos de todo o mundo, que acabaria por confirmar a existência de uma nova espécie de dinossauros e desvendar o ecossistema em que viveram. A descoberta foi o maior dinossauro já encontrado no planeta, o gigantesco titanossauro herbívoro Patagotitan mayorum.
O trabalho foi acompanhado de perto por David Frederick Attenborough, que registrou para a BBC durante dois anos o desenrolar dessa grande descoberta. A cidade de Trelew, na região de Chubut, abriga o MEF (Museu Paleontológico Egidio Feruglio) que é uma entidade respeitada mundialmente a ponto de produzir réplicas e prover material fóssil para museus e exposições internacionais.
O paleontólogo responsável pela exposição no Brasil, professor da USP e escritor de livros como “Brasil dos Dinossauros”, é Luiz E. Anelli, que comenta:
“Além do Patagotitan, o maior dinossauro do mundo, veremos gigantes do período Cretáceo como o Tyrannotitan e o Giganotosaurus, com cerca de 120 milhões de anos de idade, e também alguns dos mais antigos dinossauros conhecidos, como o Eoraptor e o Herrerassaurus, ambos do período Triássico, com 231 milhões de anos de idade. Haverá espécies curiosas como o Carnotaurus, com seus chifres, e o Amargasaurus, com sua fileira de espinhos no pescoço e nas costas. Mais do que ver de perto esses seres magníficos, essa mostra é uma oportunidade de convivermos com espécies da América do Sul e assim entender melhor nossa história, uma oportunidade única de entretenimento científico que interessa a toda a família, a todos nós”.
“Acreditamos firmemente no sucesso da exposição e na sua capacidade de atrair e deslumbrar os mais variados públicos. Os que visitarem esta exposição perceberão como os museus constroem uma forma de compreender o passado que nos permite saber como enfrentar os desafios do nosso próprio futuro”, completa Rubén Cúneo, Fundador e Diretor do MEF
“Esses dinossauros são únicos, porque evoluíram isoladamente de outros continentes. E é por isso que na Patagônia encontramos espécies tão diferentes do resto do mundo! Por exemplo, o Carnotaurus, um terópode com chifres da Patagônia. E o Amargasaurus, um saurópode com espinhos! E claro,o Patagotitan, o maior saurópode conhecido!”, comenta Diego Pol, PhD, o paleontólogo diretor do departamento de Ciência do MEF e um dos responsáveis pela descoberta do Patagotitan.