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Brasil

Pesquisa aponta que 1,8 milhão de pessoas com 15 anos ou mais foram vítimas de roubo no ano passado

Maioria dos assaltos ocorreu em áreas urbanas

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(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Em 2021, pelo menos 1,5 milhão de domicílios no país tiveram um morador vítima de roubo nos 12 meses anteriores, 1,7 milhão de residências foram alvo direto de furto, e 195 mil de roubo, minando a percepção de segurança dos brasileiros.

Ao menos 1,8 milhão de pessoas de 15 anos ou mais foram vítimas de roubo, o que corresponde a 1,1% da população. A maioria dos assaltos ocorreu em áreas urbanas (94% do total) e a maior parte das vítimas tinha entre 25 e 39 anos, faixa etária que costuma se expor mais.

É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, que tem o objetivo de um retrato mais abrangente dos crimes contra o patrimônio no Brasil, incluindo os que não são comunicados à polícia. Realizada nos últimos quatro meses de 2021, a pesquisa mostra que a violência aumenta a percepção de risco da população e afeta comportamentos.

Quem já foi vítima de algum crime, mesmo que seja apenas furto, sem a ameaça de uma arma de fogo, passa a ter mais medo inclusive de coisas simples, como andar sozinho perto de casa. Enquanto 71% das pessoas que não foram alvo de criminosos se sentem seguras ao andar desacompanhadas nos arredores do local onde mora, apenas 37,6 das vítimas de roubo e 49,3% das vítimas de furto disseram ter a mesma tranquilidade.

Na pesquisa, 40% das pessoas com mais de 15 anos de idade afirmaram ter chance, grande ou média, de serem roubadas na rua. Ou ainda de serem roubadas no transporte coletivo (38,1%) ou terem seus veículos roubados, seja carro, moto ou bicicleta (37,2%). Cerca de 30% acreditam que podem ser vítimas de assalto à residência.

Segundo a PNAD Contínua, no ano passado as pessoas buscaram informação sobre violência nas redes sociais (31,1%) e em conversas com terceiros (30,3%). Rádio e tevê aparecem com 29,1%, seguidos por jornais e revistas na internet (7,2%). Apenas 1,2% afirmaram não buscar informações sobre crimes.