Ciência e Saúde
Dia Internacional dos Portadores de Alergia Crónica será comemorado neste sábado
“Tratamento é condição primordial para não parar na emergência”, explica especialista
Uma coceira ou vermelhidão na pele, espirros, incômodo no nariz, nos olhos ou na garganta. Esses são os sintomas clássicos da alergia, que surgem por conta de uma resposta intensa do sistema imunológico em contato com um agente causador, como ácaros, pólen, pelos de animais ou alimentos à base de leite, camarão ou amendoim. Apesar de brandos, alguns casos podem evoluir para uma forma grave e ter o seu desfecho na emergência.
“Muitos pacientes portadores de urticária, por exemplo, só tomam consciência da gravidade de uma crise quando há o edema de glote. A reação alérgica é tão intensa que o paciente tem dificuldade de respirar e pode perder a voz”, conta a coordenadora da Emergência do Hospital Badim, a clínica Fernanda Souza.
A especialista destaca que a ajuda médica é sempre necessária quando não ocorre melhora dos sintomas em dois dias, mesmo com o uso de antialérgicos, ou ocorrer piora do quadro alérgico. “Deve-se prestar muita atenção em determinados sintomas, como dificuldade para respirar, batimento cardíaco acelerado, tonturas e inchaço na boca, língua ou garganta e suor excessivo porque pode ser um caso de choque anafilático e a recomendação é procurar uma emergência”, destaca a médica.
Ela ressalta que, se não atendido a tempo, o paciente pode chegar à óbito. A mesma recomendação vale para os casos de asma, que segundo a médica também são comuns nas emergências. “Além dos agentes ambientais, alguns medicamentos podem desencadear a crise de asma”, diz ela.
O grau de gravidade da alergia depende da reação de cada organismo, que pode desencadear desde uma irritação até a anafilaxia. “Embora a maioria das alergias não possa ser curada, os tratamentos ajudam a aliviar os sintomas. Aqui na emergência, a gente atua para tirar o paciente da crise e mantê-lo fora de risco, mas sempre enfatizamos que a continuidade do tratamento é a condição primordial para que ele não volte para o nosso setor”, afirma Fernanda Souza.