Política
‘Não podemos entrar em 2023 sem o auxílio e o aumento real no salário mínimo’, defende Gleisi Hoffmann
Para possibilitar os benefícios, a equipe de transição prepara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou em conversa com jornalistas, nessa sexta-feira (04), que a área técnica da coordenação do governo de transição estuda planos e estratégias para assegurar a manutenção do valor de R$600 do Auxílio Brasil e o aumento real do salário mínimo no início de 2023. Para possibilitar os benefícios, a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita pagar as contas sem furar o teto de gastos.
“Nós temos que ver todas as possibilidades para viabilizar aquilo que foi contratado nas urnas, que é importante. Não podemos entrar em 2023 sem o auxílio emergencial, sem o aumento real no salário mínimo, são coisas que foram contratadas com o povo brasileiro. E tenho certeza que o Congresso tem essa sensibilidade. O Tribunal de Contas da União também. Então, estamos analisando todas as possibilidades para entregar o que foi contratado no processo eleitoral”, avaliou a presidente do PT.
A declaração foi dada por Gleisi Hoffmann após visita ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para conhecer as instalações onde vai funcionar o governo de transição. O local em questão fica a sete quilômetros do Palácio do Planalto e já foi utilizado em outras ocasiões como, por exemplo, em 2018.
Na ocasião, o espaço serviu como sede para transição entre os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Aos jornalistas, Gleisi disse que o local está em fase final de ajustes e que pespectiva é entrar em funcionamento a partir da próxima segunda-feira (07).
“A ideia é que a partir da segunda-feira a gente já comece a ocupar o espaço. Não com toda a equipe formada, mas já com a equipe de administração, pessoal que vai fazer essa parte de apoio. Acredito que quando chegarem as equipes que vão fazer parte do programa de transição mesmo, já vai estar tudo pronto”, declarou a deputada.
A equipe de transição de Lula, coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, trabalhará no CCBB em Brasília até a posse em 1º de janeiro de 2023. Por lei, o futuro governo tem direito a 50 cargos remunerados.
A expectativa é que, a partir da próxima semana, os escolhidos sejam anunciados e nomeados. Até o momento, a única nomeação oficial é a de Alckmin como coordenador, que foi publicada na edição de sexta-feira do “Diário Oficial da União”.