Economia
Redução de impostos na importação de instrumentos valoriza músicos, afirma cantor
Everton Mestre, cantor e empresário de comércio exterior, relata que a medida favorece tanto músicos, quanto comerciantes do ramo
A redução de impostos para a importação de instrumentos musicais de corda, em vigor desde abril de 2021, cumpriu a expectativas de músicos que esperavam há anos pela redução fiscal. A tarifa, que antes era de 18%, teve uma diminuição para 5%. Além, de beneficiar profissionais da área, a medida estimula a entrada de produtos do exterior e a competição com os produzidos no país, o que pode resultar na queda dos preços.
O cantor Everton Mestre, que também é empresário no ramo de comércio exterior, comenta que essa iniciativa facilita a compra de instrumentos não só para empresas, mas também aos profissionais que atuam no ramo musical. Ele cita que o benefício da redução se estende para orquestras, conservatórios e outras instituições musicais, cada uma dentro de suas regras. Para Everton, é algo justo, visto que o acordo visa maior diminuição de custos finais para aquele que realmente produz, do quem vende os instrumentos.
“A medida beneficia mais o músico do que o empresário do ramo, ou seja, loja, importador ou revenda. O empresário teve reduções na alíquota, motivada por reduções de impostos devido ao acordo II da RG 272/21 art. 7º vigente a partir de 01/09/2022 até 31/12/2023, mas o maior beneficiário é a pessoa física. Minha orientação é que busquem a melhor opção e oportunidade no mercado, seja ele no mercado interno ou externo. O objetivo é ter o seu instrumento de qualidade com um preço totalmente competitivo, e assim ser beneficiado por suas produções”, completou.
Everton pontua que o imposto de importação é federal, e compõe a cadeia que empresários estão habituados a pagar. Ele reforça que a redução impacta diretamente no valor final do produto, seja para pessoa física ou jurídica. Mas, o cantor explica ainda que, no caso da pessoa jurídica, houve uma boa redução de alíquota, considerada uma grande ajuda, visto que o imposto de importação é o primeiro da cadeia a ser calculado sobre o valor CIF [em português, quer dizer ‘custo, seguro e frete’] de uma mercadoria importada.
“Com isto, vejo a possibilidade e a oportunidade de muitos músicos conseguirem ter acesso a bons instrumentos, que em nenhum momento passou por suas cabeças conquistá-los. Fico agradecido com essa iniciativa, pois sentimos valorizados para cultura. Creio que isso irá enriquecer muitas obras musicais de qualidade produzidas neste país; é um grande avanço para nossa cultura”, concluiu.