Dia Nacional e Mundial de Combate à Osteoporose

O debate em torno da prevenção de uma das doenças mais comuns na terceira idade e na pós-menopausa é destaque nesta quinta-feira (20), quando é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose. O objetivo da data é conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce da doença que pode, com o tempo, desencadear dores crônicas e dificuldade de locomoção, prejudicando a mobilidade e a qualidade de vida do seu portador.

Um artigo publicado no primeiro semestre desse ano, na revista britânica The Economist, mostra que, em 2025, o Brasil pode ter a sexta maior população idosa do mundo. O dado alerta para a sobrecarga de pacientes que devem buscar atendimento médico em função de doenças ósseas, principalmente a osteoporose. O problema já afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional da Osteoporose. A estimativa é que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos vão sofrer uma fratura osteoporótica ao longo da vida.

A osteoporose é uma patologia metabólica, sistêmica e progressiva, caracterizada pela diminuição da densidade e qualidade do osso, o que pode ocasionar múltiplas fraturas, acarretando dores, incapacidades e dependência do seu portador, até para tarefas cotidianas.

O ortopedista Pedro Badim, responsável pelo setor no Hospital Badim, explica que há dois tipos da doença: a primária, característica do período pós-menopausa – quando a mulher sofre queda no nível do hormônio estrogênio – e da terceira idade; e a osteoporose secundária, que tem várias causas, como o diabetes mellitus, tumores de medula óssea, o hipertiroidismo e o uso regular de medicações à base de corticoides e anticoagulantes.

O especialista enfatiza que a manutenção dos níveis adequados de vitamina D e cálcio no organismo é uma das formas mais eficazes de prevenir a osteoporose. “A exposição ao sol é muito importante para a absorção da vitamina D, porque somente a dieta alimentar não é suficiente para ajudar nesse metabolismo”, acrescenta. Uma vez diagnosticada, a osteoporose deve ser tratada com medicamentos específicos

O tratamento farmacológico, de acordo com o médico, também é fundamental, especialmente no momento em que a doença é diagnosticada. Pedro Badim alerta ainda para a necessidade de adaptação do ambiente em que o idoso vive para manter a sua segurança. “Esse local deve ser organizado de forma a prevenir o risco de queda, ter boa iluminação, retirar tapetes e qualquer elemento que possa servir de obstáculo ou provocar a queda da pessoa idosa, que tem maior risco de fratura”, diz o especialista.

A radiografia, a avaliação clínica e a densitometria óssea são os métodos mais eficazes de diagnóstico da doença, de acordo com o médico.