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INTO realiza cirurgia pediátrica inédita pelo SUS

Técnica reduz o tempo e a quantidade de cirurgias feitas em crianças

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INTO realiza cirurgia pediátrica inédita pelo SUS
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O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), do Ministério da Saúde, realizou, pela primeira vez no Sistema Único de Saúde (SUS), a técnica que corrige quadros graves de escoliose e hipercifose infantis com apenas um procedimento cirúrgico.

A nova tecnologia de alongamento da coluna, que é voltada para menores de dez anos, diminui a exposição de crianças a novas cirurgias, enquanto o tratamento convencional exige o retorno dos pacientes pediátricos a cada seis meses para a manutenção do procedimento.

A técnica foi criada pelo médico ortopedista francês Lotfi Miladi, do Hospital Necker-Enfants Malades, vinculado à Universidade de Paris. O especialista esteve no INTO, no último dia 29, para participar do procedimento ao lado do chefe do Centro de Doenças da Coluna do INTO, Ricardo Meirelles, e do ortopedista do mesmo Centro, Alderico Girão.

“Uma criança que chegava ao tratamento com sete anos realizava, no mínimo, seis cirurgias para completar a correção dessas doenças, então, além da redução da exposição a anestesias e infecções, há uma queda da reincidência desses procedimentos, e consequente aumento da produção cirúrgica para atender outros pacientes”, explica Meirelles.

Durante a cirurgia é inserido um dispositivo, que funciona como uma catraca, capaz de acompanhar o alongamento vertebral da criança durante o seu desenvolvimento corporal. Entre os benefícios da iniciativa estão o menor tempo de internação dos pacientes, redução de cerca de seis horas da duração da cirurgia, manutenção da capacidade pulmonar e a extinção do risco de lesões na medula óssea.

“A escoliose e a hipercifose precoces possuem, normalmente, origem neuromuscular. Esse é o caso da paciente operada pelo INTO, de oito anos, que apresenta paralisia cerebral. Esperamos devolver a essa criança equilíbrio do tronco e melhora na qualidade de vida”, pontua Meirelles.

A nova tecnologia foi utilizada no Brasil somente pela Associação de Assistência à Criança Deficiente, em São Paulo. No Rio de Janeiro, esta é a primeira vez que o procedimento é executado.