Saúde
Viagens de longa duração aumentam o risco de trombose
Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose alerta sobre a doença e médico ressalta importância de manter a movimentação das pernas durante o vooO Congresso brasileiro instituiu a data de 16 de setembro como o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, doença que atinge 180 mil de pessoas no Brasil por ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). A trombose é caracterizada pela coagulação do sangue no interior de um vaso, que pode ser uma artéria ou mais comumente uma veia.
A doença é mais comum em pessoas idosas, obesas, sedentárias, fumantes, além das que possuem casos da comorbidade entre familiares e também em pacientes que ficaram muito tempo acamados devido a algum trauma. Pessoas que fazem uso de hormônio, em especial mulheres que tomam anticoncepcional e mães em período de pós-gestação também devem ligar o sinal de alerta para os mínimos cuidados, sendo um deles redobrar as medidas cautelares durante longas viagens (acima de 6 horas de duração) de ônibus e principalmente de avião.
Por isso, algumas dicas são fundamentais para que pessoas que realizam muitas viagens possam se prevenir desta enfermidade que, em 90% dos casos, atinge as veias dos membros inferiores e tem as dores e o inchaço como os sintomas mais comuns.
Alguns cuidados fundamentais a serem tomados em viagens de longa duração são: a manutenção da hidratação, para que o sangue não fique muito viscoso e facilite a formação de trombos. Tentar manter as pernas em movimento, não permanecendo estático durante todo o percurso, já que a trombose costuma acontecer justamente devido à circulação ficar represada nos membros inferiores. Para facilitar a circulação do sangue também é aconselhável usar roupas confortáveis, evitando as peças mais apertadas.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), Dr. Almar Bastos, a combinação entre a baixa pressão dentro das cabines dos aviões e a imobilidade, que causa diminuição da velocidade do sangue, aumenta os riscos de uma trombose.
“É fundamental o uso da meia elástica, além da movimentação das pernas. O passageiro pode minimizar os riscos circulando pelo corredor ou até simplesmente fazendo movimento de flexão dos pés, ou ficando na ponta do pé”, disse o cirurgião, que alerta que mesmo pessoas saudáveis podem estar suscetíveis a um evento de trombose caso não tomem todos os cuidados. “Consumir bebidas alcoólicas durante o voo também não é aconselhável, devido ao risco de desidratação”, completa.