Político e esposa são presos acusados de usar dinheiro público para mobiliar a própria casa

O secretário municipal de Desenvolvimento Social de Sumidouro, Antonio Júnior de Andrade Borges, conhecido como Júnior Coxinha, e a companheira dele, Amanda Veiga da Cunha, fiscal de contratos da pasta, foram presos em flagrante durante a operação Exaustor, deflagrada nesta segunda-feira (22) pelo Ministério Público do Rio e pela Polícia Civil. Ao longo da ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao político em razão de denúncias de crime de peculato e falsificação de documentos.

Segundo o Ministério Público do Rio, na casa de Júnior Coxinha foram encontrados diversos itens supostamente comprados com dinheiro que deveria ser investido na Assistência Social. Entre eles, panelas, micro-ondas, aspirador de pó, liquidificador, entre outros. No momento da chegada dos agentes, o secretário chegou a jogar um celular pela janela na tentativa de evitar que provas de irregularidades fossem encontradas, mas o aparelho foi apreendido da mesma forma.

A investigação do órgão público teve início após denúncias de casos de falsificação de assinatura em notas fiscais de recebimento de mercadorias e esquema de pagamento de diárias recebidas por servidores em viagens que não foram realizadas. As acusações dão conta de que os valores eram repassados ao secretário e a outro servidor para pagamento de outras despesas da pasta.

Ainda na ação desta segunda, foram encontradas na casa de Júnior Coxinha e da esposa notas fiscais que estariam escondidas. Esses documentos seriam referentes a parte dos itens encontrados no apartamento e todas teriam sido pagas pela Secretaria de Desenvolvimento Social.

Antônio Júnior de Andrade Borges, o Júnior Coxinha, foi o quarto vereador mais votado em Sumidouro em 2020. Na ocasião, ele teve 587 votos e ficou como primeiro suplente. Ainda em janeiro de 2021, o político assumiu a pasta de Desenvolvimento Social.

Após a prisão em flagrante, Júnior Coxinha e a companheira foram encaminhados para a 111ª Delegacia de Polícia (DP) de Sumidouro para prestar depoimento e em seguida foram levados para o sistema prisional. Os crimes de peculato e falsidade ideológica estão sendo investigados. A Prefeitura de Sumidouro informou que não teve acesso ao processo, mas vai exonerar os dois envolvidos preventivamente.