Capital Fluminense
Recém-nascida morre após ficar cinco dias em UTI na Zona Oeste; Família denuncia erro médico no trabalho de parto
Graciana dos Santos, a avó do bebê, acusou a equipe médica e disse que a criança teve a cabeça ferida durante o parto. Hospital alega que hematomas são "típicos do uso do aparelho".A recém-nascida Antonella, que estava internada na UTI neonatal do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, morreu na noite desta terça-feira (26).
Luciana Silva dos Santos, a avó do bebê, acusou a equipe médica e disse que a criança teve a cabeça ferida durante o procedimento. De acordo com a família, Antonella ainda teria sofrido duas paradas cardíacas na cesariana, na última sexta-feira (22).
A avó também relatou que, ao questionar uma médica sobre as marcas na cabeça da bebê, foi informada de que seria apenas “sujeira médica”. No entanto, uma profissional da unidade disse à Graciana que eram, de fato, ferimentos causados pelo instrumento usado no parto.
O que diz o hospital?
Procurada pela Super Rádio Tupi, a direção do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro esclareceu que o uso do vácuo-extrator é indicado em algumas circunstâncias durante o parto, como ocorreu com a paciente, identificada como Vanessa, de 17 anos.
Por meio de nota, o hospital admitiu que o bebê apresentou um hematoma na cabeça “típico do uso do aparelho” e alegou que, na maioria das vezes, o ferimento regride em poucos dias.
Após a confirmação da morte de Antonella, nesta terça-feira (26), o Hospital Mariska Ribeiro informou que abriu um procedimento para apurar as denúncias da avó da criança contra a equipe médica e que está à disposição da família para prestar esclarecimentos.
De acordo com o delegado Bruno Gilabert, titular da 34ª DP (Bangu) e responsável pela investigação do caso, o o corpo do bebê passará por uma perícia no Instituto Médico Legal (IML) para que as causas da morte sejam esclarecidas.