Justiça
Light entra com ação contra redução de 6% nas contas de luz
Aneel avalia aplicar um reajuste extraordinário da tarifa de 14 distribuidoras nesta terça (12)A distribuidora Light entrou com uma ação na Justiça contra decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel de reduzir a tarifa de energia dos consumidores em 6%.
Agência anunciou que vai reduzir as tarifas da Enel Distribuição Rio, que atende a cidade Niterói e outros municípios da Região dos Lagos e do Norte Fluminense.
No total a nova tarifa de energia imposta pela Aneel poderia beneficiar mais de 270 mil consumidores da Light em todo o Estado do Rio de Janeiro.
A decisão vale para outras 12 empresas distribuidores de energia. No entanto, apenas a Light entrou com uma ação contra a redução estabelecida pela agência.
A estimativa média é de uma redução de 5,5%, variando de empresa para empresa, de acordo com a Aneel. Para os consumidores industriais a queda poderia ser de 5,68%.
A empresa foi contra a medida da agência reguladora que beneficiaria os consumidores fluminenses e começou a travar uma batalha judicial contra a nova bandeira tarifária.
Na última sexta-feira (08), a Light sofreu uma derrota após a Justiça do Rio ter negado um mandado de segurança da empresa que tentava evitar a revisão das tarifas de energia da Aneel.
Em nota, a Light disse que “não se opõe à revisão tarifária, mas sim à sua realização sem a prévia e necessária consulta pública, exigida por lei e pelos próprios regulamentos de revisão tarifária”.
“No caso da Light, a consulta é ainda mais necessária, já que, em razão de a Aneel pretender capturar créditos ainda não compensados pelas distribuidoras, o que gera risco de desequilíbrio econômico-financeiro que pode acabar por comprometer a qualidade do serviço público de distribuição prestado pela Companhia.”, diz trecho da nota.
Além disso, no posicionamento, foi informado que a Light já repassou mais de R$ 1,4 bilhão em créditos de PIS/Cofins para os clientes nos dois últimos ajustes tarifários, evitando, assim, um aumento ainda maior na conta de energia.
“A empresa aguarda a regulamentação do processo pela Aneel e afirma que é preciso garantir a segurança jurídica para a realização dessas devoluções.”, finaliza.