Capital Fluminense
ALERJ convoca representantes de universidades federais para debater cortes de recursos
A perspectiva da UFRJ por exemplo, é encerrar serviços e pagamentos já a partir de outubro
Representantes das universidades federais do Rio participaram de uma audiência pública para debater o corte de verbas nestas instituições. Durante o encontro, convocado pelo presidente da Casa, deputado André Ceciliano, os reitores disseram que a perda de recursos vem ocorrendo desde 2019, mas que agora ameaçam paralisar as atividades.
A perspectiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a maior e uma das melhores do país, é interromper serviços e pagamentos a partir de outubro. Segundo nota publicada pela Alerj, o Estado do Rio é especialmente prejudicado porque é a unidade federativa brasileira com o maior número de instituições federais de ensino.
No geral, o bloqueio de recursos é de 7,2% do orçamento de 2022. O valor nacional chega a R$ 400 milhões – com a queda do orçamento aprovado para 2022 de R$ 5,3 bilhões para R$ 4,9 bilhões.
Segundo Ceciliano, o objetivo do encontro, promovido por meio do Fórum de Desenvolvimento da Alerj, é fazer uma grande mobilização parlamentar e levar à discussão do Congresso.
“Precisamos reverter os cortes que já estão anunciados para 2022 e fazer com que não haja nenhum corte para 2023. Estão em risco as pesquisas e a qualidade de ensino dessas importantes instituições. O que está em jogo é o crescimento do Estado do Rio e a educação pública de qualidade”, concluiu.
Além do corte anunciado para 2022, o Governo Federal anunciou na semana passada que o orçamento para a Educação federal em 2023 deve ter uma queda de 12% comparada com 2022. Os cortes deste ano já podem ocasionar o encerramento precoce do ano letivo de 2022 nas instituições.