Esportes
Maracanã rechaça Vasco e Sport no estádio e crise entre clube e consórcio ganha novo capítulo
Em nota oficial, Gigante da Colina rebateu a negativa e revelou que pediu uma reconsideração no caso
A tensão que envolve o Vasco e o consórcio que administra o Maracanã ganhou mais um capítulo turbulento nesta semana. O clube, que pretendia mandar a partida contra o Sport pela Série B, no local, teve o seu pedido negado pela administração do estádio.
De acordo com o Vasco, o motivo alegado foi o estado do gramado, que seria prejudicado por receber duas partidas em um pequeno intervalo, já que o Fluminense enfrenta o Corinthians, na véspera do duelo vascaíno com o Sport, marcado para acontecer no dia 3 de julho.
Em nota, o Gigante da Colina rebateu o consórcio e afirmou que essa “regra”, só foi criada para inviabilizar a realização do jogo entre Vasco e Sport. O clube ainda revelou que entrou com um pedido de reconsideração para conseguir mandar o duelo válido pela Série B no Maracanã.
Confira a nota oficial:
O Club de Regatas Vasco da Gama informa que entrou esta tarde com um pedido de reconsideração ao Consórcio Maracanã, após negativa para realizar seu jogo diante do Sport Club do Recife, no próximo dia 3 de Julho, no Maracanã. O clube entende serem injustificadas as alegações do Consórcio para não permitir a presença do Vasco e sua torcida no maior estádio do Rio de Janeiro, em um jogo com alta demanda de público, marcado para um domingo às 16h, e espera que o Consórcio reveja a sua posição.
Em suas alegações, o Consórcio diz que já há um jogo marcado menos de 24 horas antes do jogo do Vasco entre Fluminense x Corinthians (02/07/2022 às 16:30h) e que “com intervalo de menos de 24 horas entre os jogos, inviabiliza o cumprimento do prazo mínimo recomendado para a manutenção da qualidade do gramado”.
Essa “regra” aparentemente só foi criada para justificar a negativa para a realização da partida do Vasco da Gama contra o Sport no Maracanã. Em breve levantamento feito pelo clube, constatou-se que o fato é recorrente no Maracanã, principalmente em jogos envolvendo o CR Flamengo ou o Fluminense FC, inclusive na atual temporada do Campeonato Brasileiro. Em um período de 11 a 17 de outubro do ano 2020 chegaram a acontecer quatro jogos em apenas sete dias. Essa justificativa não pode ser aceita como razoável. O cerceamento do direito do Vasco da Gama de atuar no Maracanã configura, mais uma vez, a falta de igualdade de condições para utilização do estádio pelos grandes clubes do Rio de Janeiro, o que fere diretamente o disposto no termo precário de permissão de uso firmado com o Governo do Estado.
Em outra justificativa infundada para recusar o jogo do Vasco, o Consórcio declara que “já havia um cronograma de jogos no estádio do Maracanã no mês de julho de 2022, que prevê a realização de, no mínimo 08 (oito) partidas de futebol no referido mês, podendo chegar a 10 (dez) partidas, dependendo do desempenho de CR Flamengo e Fluminense FC na Copa do Brasil”. A verdade é que, pelo atual calendário oficial da CBF e Conmebol, se CR Flamengo e Fluminense FC de fato avançarem na Copa do Brasil, o número máximo de jogos no mês de julho no Maracanã somente chegaria a 9 (nove) partidas. Dessa forma não haveria nenhum impedimento para a realização da partida CR Vasco da Gama x Sport Clube do Recife no dia 3/7/2002, que seria a 10ª partida prevista pelo Consórcio para o mês de julho.
Em sua resposta negativa o Consórcio também alega que o Vasco solicitou a disponibilidade do estádio muito próxima da data do jogo, o que não é verídico já que a consulta foi feita com 18 dias de antecedência, no dia 15 de Junho.
Levando em consideração a importância do jogo (segundo contra o quinto colocado da série B, em disputa direta pelo acesso a Série A), no sucesso de público que foi o jogo Vasco x Cruzeiro (inclusive com caravanas e excursões de torcedores vindas de todas as regiões do país), movimentando a economia, gerando receita e renda para empreendedores individuais e para o Estado, o Vasco da Gama repudia a tentativa de impedir que um maior número de seus torcedores possam acompanhar o clube com a utilização de um equipamento público que capacidade três vezes maior que o estádio de São Januário e fica no aguardo de nova manifestação do Consórcio Maracanã.