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Capital Fluminense

Diretora e professora de creche respondem vão responder suspeita de maus-tratos a criança com paralisia cerebral

O caso envolvendo a creche que fica localizada no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio já foi tema de uma reportagem no Programa Cidinha Livre em setembro do ano passado

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Menino ficava amarrado por horas em uma cadeira sem interagir com os demais alunos da creche
Menino ficava amarrado por horas em uma cadeira sem interagir com os demais alunos da creche.

A pedagoga, diretora e proprietária da creche-escola Tempo de Construir, Danieli Alves Baptista Bonel, e duas professoras, Samantha Carla Alves Cavalcanti e Vitória Barros da Silva Rosa, foram denunciadas por maus-tratos contra uma criança com paralisia cerebral.

O caso envolvendo a creche que fica localizada no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio já foi tema de uma reportagem no Programa Cidinha Livre em setembro do ano passado.

Segundo o Ministério Público, o menino Dante à época de três anos, que foi vítima dos maus tratos era mantido preso em uma cadeira adaptada por várias horas, sem ser mudado de posição nem interagir com outras crianças e com pouca oferta de água, o que levou a um quadro de infecção urinária.

Tudo começou porque os pais da criança desconfiaram que o filho estava sendo negligenciado após uma denúncia anônima, que dizia que Dante ficava amarrado por horas em uma cadeira sem interagir com os demais alunos da creche.

O caso foi encaminhado à Delegacia de Bonsucesso, e unidade apreendeu um HD com as imagens das câmeras da creche. Todas as envolvidas ainda estão soltas mas vão responder por crimes de maus tratos cuja pena pode variar de quatro a doze anos de prisão.

Recentemente, a creche foi alvo de novas denúncias por adotar a prática de deixar as crianças sem água para evitar que as fraldas ficassem sujas. A decisão que tornou rés a diretora e as duas professora é do juiz Paulo Roberto Sampaio Jangutta, titular da 41ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado, que no dia 30 de maio aceitou a denúncia do MPRJ.

O magistrado alegou que o menino Dante recebeu “refeição distinta da oferecida aos demais alunos e com pouca higienização no tocante à troca temporária de fraldas, ficando por horas preso em sua cadeira na mesma posição, sem ser levada para atividades ao chão e sem interação com as demais crianças.