Meio ambiente
Prefeitura cria nova unidade de conservação na Zona Oeste do Rio
APA das Serras de Inhoaíba, Cantagalo e Santa Eugênia protege região com importante aquífero e abrange sete bairros
Em decreto publicado no Diário Oficial (DO) desta quarta-feira (1º), o prefeito Eduardo Paes criou a Área de Proteção Ambiental (APA) das Serras de Inhoaíba, Cantagalo e Santa Eugênia, na Zona Oeste do Rio. De acordo com o chefe do executivo municipal, a nova unidade de conservação tem 2.228 hectares e perímetro de 41,45 quilômetros, abrangendo sete bairros.
A região abriga históricos projetos de reflorestamento da Prefeitura: nos últimos 25 anos foram aplicados R$ 57 milhões em plantios. A unidade protege também o Aquífero de Guaratiba, uma das mais importantes reservas de água da cidade. Construções históricas fazem parte do território, como Reservatório Vitor Konder, construído em 1927, com tombamento pelo estado.
A fauna, flora e os recursos hídricos da região começaram a ser estudados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em 2011. Entre os animais ameçados estão o tamanduá-de-colete (Tamandua tetradactyla) e o tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus).
“A criação da APA das Serras de Inhoaíba, Canta galo e Santa Eugênia responde aos desafios de promover a ocupação racional do solo, conservar a biodiversidade da Mata Atlântica e desenvolver os recursos naturais de forma sustentável. Esta nova unidade de conservação reafirma o compromisso da prefeitura com a defesa do Meio Ambiente e o desenvolvimento urbano sustentável”, destaca o secretário municipal de Meio Ambiente, Lucas Padilha.
Sem atividades degradadoras
Uma APA permite construções que adotem parâmetros construtivos sustentáveis. A nova unidade está diretamente conectada à zona de amortecimento do Parque Estadual da Pedra Branca, a maior floresta urbana do mundo. O decreto veda “quaisquer atividades degradadoras, potencialmente degradadoras ou causadoras de impactos ambientais”.
Os regramentos gerais da APA e seu zoneamento serão discutidos no plano de manejo, que deve sair em 360 dias. O documento contará com a participação da sociedade civil.