Capital Fluminense
Construções irregulares em reserva ambiental são demolidas na Zona Oeste do Rio
Responsáveis pelas construções, de acordo com a prefeitura do Rio, ignoraram as notificações, continuando as intervenções em ritmo acelerado
O Ministério Público, em conjunto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio, realizam, na manhã desta quinta-feira (26), uma operação para demolir seis construções irregulares erguidas na zona de amortecimento do Parque Nacional da Tijuca, no Itanhangá, na Zona Oeste da cidade.
Segundo o MP, o local tem um histórico de desmatamento da área verde há alguns anos e um crescimento imobiliário desordenado, explorado por organizações criminosas.
Os responsáveis pelas construções, de acordo com aa prefeitura do Rio, ignoraram as notificações, continuando as intervenções em ritmo acelerado. Até mesmo um prédio, que teria seis andares, vinha sendo erguido na zona de amortecimento do Parque Nacional da Tijuca.
“Seguimos dando um recado muito direto aos que investem na destruição da natureza de forma criminosa, para lucrar: a Prefeitura continuará atuando. Estamos falando de prédios enormes, de um volumoso investimento patrocinado por grupos criminosos, colocando em risco a vida de muita gente”, destacou o secretário municipal de Meio Ambiente, Lucas Padilha.
Além das construções irregulares, uma série de crimes ambientais vinham ocorrendo no local, como intenso desmatamento, parcelamento ilegal do solo, extração mineral, desvio e lançamento de esgoto no curso de rio. Não há qualquer documento ou licença para as intervenções. As ligações de luz eram irregulares.
Talita Galhardo, subprefeita de Jacarepaguá, reforçou o risco para quem compra imóveis sem nenhum tipo de licença.
“Além de diversos crimes ambientais, observamos um enorme dano a um rio da região por esgoto. Além do risco de prejuízo financeiro, quem investe dinheiro nessas construções está correndo um risco de vida”, ressaltou. Ouça abaixo: