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Celebridades

Morre o apresentador Gugu Liberato aos 60 anos

Apresentador sofreu um acidente doméstico na última quarta-feira

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“Queremos esse sorriso invadindo nossas casas e trazendo a alegria e bondade de sempre”, escreveu a morena no Instagram
(Foto: Divulgação/Record TV)

O apresentador Gugu Liberato, teve morte cerebral nessa sexta-feira (22), aos 60 anos, após cair de altura de quatro metros em sua casa em Orlando na última quarta-feira (20).

Gugu foi internado e estava em observação. As especulações da sua morte começaram a circular as 16H desta quinta-feira, mas a assessoria de imprensa do apresentador seguiu negando até que os familiares chegassem ao hospital.

A confirmação da morte oficial saiu nessa sexta-feira.

NOTA DE FALECIMENTO

Este é um momento que jamais imaginamos viver. Com profunda tristeza, familiares comunicam o falecimento do pai, irmão, filho, amigo, empresário, jornalista e apresentador Antônio Augusto Moraes Liberato (Gugu Liberato), aos 60 anos, em Orlando, Florida, Estados Unidos.

Nosso Gugu sempre viveu de maneira simples e alegre, cercado por seus familiares e extremamente dedicado aos filhos. E assim foi até o final da vida, ocorrida após um acidente caseiro.

Ele sofreu uma queda acidental de uma altura de cerca de quatro metros quando fazia um reparo no ar condicionado instalado no sótão. Foi prontamente socorrido pela equipe de resgate e admitido no Orlando Health Medical Center, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado pela equipe médica local.

Na admissão deu entrada em escala de *Glasgow de 3 e os exames iniciais constataram sangramento intracraniano. Em virtude da gravidade neurológica, não foi indicado qualquer procedimento cirúrgico. Durante o período de observação foi constatada a ausência de atividade cerebral. A morte encefálica foi confirmada pelo Prof. Dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico diante de sua mãe Maria do Céu, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.

Ainda não temos detalhes sobre o traslado para o Brasil. Informações sobre velório e sepultamento serão passadas assim que tudo estiver definido.
Ele deixa três filhos, João Augusto de 18 anos e as gêmeas Marina e Sophia de 15 anos.
Atendendo a uma vontade dele, a família autorizou a doação de todos os órgãos.
Gugu sempre refletiu sobre os verdadeiros valores da vida e o quão frágil ela se revela. Sua partida nos deixa sem chão, mas reforça nossa certeza de que ele viveu plenamente. Fica a saudade, ficam as lembranças – que são muitas – e a certeza que Deus recebe agora um filho querido, e o céu ganha uma estrela que emana luz e paz.

Familiares e funcionários
São Paulo, 22 de novembro de 2019
* Escala Glasgow de 3 – usada para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente.

 

Carreira

Gugu chegou a iniciar um curso de Odontologia na Universidade de Marília (Unimar), na cidade de Marília, em São Paulo, porém desistiu do curso, atendendo ao chamado de Silvio Santos, que o convidou a assumir um posto em frente às câmeras. Um de seus primeiros programas, em 1981, foi a Sessão Premiada paulista – a versão carioca era apresentada por Paulo Barboza.

Em 1982, Silvio Santos pediu que Nelly Raymond, uma importante diretora argentina, criasse um programa para os sábados à noite. O Viva Noite que no início era dividido em várias partes, e apresentado também por nomes como Ademar Dutra, Mariette Detotto e Jair de Ogum.

Depois de algumas mudanças de formato, Gugu permaneceu sozinho no comando do programa, posteriormente dirigido por Homero Salles. Ao mesmo tempo que comandava o Viva a Noite, Gugu permaneceu por um período dirigindo o Domingo no Parque e como editor do boletim Semana do Presidente, que era veiculado nos intervalos entre os quadros do Programa Silvio Santos.

Em agosto de 1987, no auge do sucesso do Viva a Noite, Gugu assinou um contrato com a Rede Globo. Porém, no sábado de Carnaval de 1988, Silvio Santos foi pessoalmente à sala do dono da emissora carioca, Roberto Marinho, no jornal O Globo, pedir a liberação do apresentador para permanecer no SBT. Silvio iria se submeter a uma delicada cirurgia e fez uma proposta milionária a Gugu, oferecendo grande parte da programação dominical.

Para se ter uma ideia, o salário do apresentador aumentou em dez vezes, fora os ganhos com publicidade.

Gugu estreou nos domingos do SBT em 17 de abril de 1988, apresentando sozinho os quadros Passa ou Repassa e Cidade contra Cidade. Ele também dividiu com Silvio Santos a apresentação do Roletrando. Em 30 de outubro de 1988, estreou o quadro TV Animal.

Mesmo apresentando parte da programação dominical, Gugu manteve-se à frente de atrações no sábado à noite, principalmente com programas musicais como o Sabadão Sertanejo.

O maior sucesso, porém, veio com o Domingo Legal, que rivalizava exatamente com o Domingão do Faustão, programa ironicamente criado para ser seu. A concorrência, em fins dos anos 1990, foi durante muito tempo favorável a Gugu, que encerrou a década com picos acima de 40 pontos de audiência.

O apresentador também atuou no cinema, ao lado das apresentadoras infantis Xuxa Meneghel e Angélica, do grupo Os Trapalhões e, na música, Gugu lançou vários LPs e CDs, incluindo um álbum de estúdio nomeado Gugu Para Crianças, que já vendeu mais de 100 mil cópias no Brasil, e sendo premiado com disco de ouro pela Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento (ABPD).

Gugu recebeu 11 estatuetas do Troféu Imprensa, as quais: revelação de 1982, animador de 1995 a 2000 e 2002, programa de auditório de 2008 e programa sertanejo de 1991 e 1992. Venceu também o Troféu Internet de programa de auditório em 2005. Gugu também lançou duas séries de revistas em quadrinhos. A última leva foi entre 1988 e 1990, com 20 gibis e quatro almanaques.

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